domingo, 10 de dezembro de 2017

Sobre o filme "Capitão fantástico"


O filme Capitão fantástico é surpreendente! Ao ver o anúncio na época do cinema não dei a devida importância pois não acreditei que fosse interessante a julgar pelos trajes dos atores incluindo o Viggo de terno vermelho entrando numa igreja, mas ao ver o filme me deparei com aqueles tipos de enredo dos quais costumo debater. 
O filme retrata de forma chocante as vezes, como os desafios da vida podem ser piores quando se encara nossa sociedade. Um pai que decide abrir mão de conceitos colocando regras de sobrevivência para 6 crianças em um isolamento na natureza nos faz pensar primeiramente no óbvio. O que um maluco pode pensar em viver como um eterno acampamento militar, com treinamento físico intenso, presentes nada convencionais, armas brancas para crianças? Música clássica? Verganos e carnívoros ao mesmo tempo, caçada, escalada na chuva,  
Só que o filme entra cada vez mais no psicológico. Como lidar com as defesas o tempo todo num mundo isolado? 
Na verdade, o maior desafio não está em encarar a natureza selvagem, ou estudar vários idiomas, debater sobre temas importantes e inteligentes. O maior desafio da vida é viver em sociedade.
O ser humano não pode viver isolado da comunicação do mundo, da interação social, da família, da escola, da faculdade, do direito da compra, da aparência. Soa as vezes como algo perverso mas é a realidade.
O filme retrata de forma bela diversos temas com um toque de humor negro, desafiando regras, quebrando outras, infringindo também em outros momentos.
Percebe-se que apenas livros não pode trazer a sensação da aprendizagem durante a troca de energias humanas, bem como nem tudo se resolve na base da missão ou da operação secreta, do correr riscos desnecessários, de falar a verdade nua e crua, de sempre abrir guarda para combates. Talvez no fim dos tempos possamos nos arrepender de não termos sidos sábios para ensinar corretamente nossos filhos.
As vezes precisamos comer besteiras, nos arrumar nem que seja um pouquinho e com moderação, namorar, beber, cantar, tocar instrumentos, criar contendas, por que não? Ter o direito da dúvida e da revolta, etc.
Mas a sacada do final é maravilhoso! O reconhecimento do perigo, da violência, de infringir as regras com o "libertar comida" que em tradução seria "roubar" mas que o levou o ter que abrir mão de tudo que ele mais acredita pelo bem do próximo, pelo amor a sua família...
Não se questiona a inteligência, que sobrava no líder, mas na conduta e no exagero de submeter simples crianças ao extremo da luta constante pela sobrevivência. Quando ser forte fisicamente  realmente nos ajudará a viver melhor?
O que este pai pensou foi brilhante se não fosse uma utopia. Ao treinar seus filhos ele estava na verdade poupando do sofrimento da interação social.
Nem sempre fazer o que acha certo porque está dando certo é realmente o correto. Confuso? Na verdade fica a reflexão do tema e insisto que todos deveriam ver este filme! Detalhe: Eu chorei!

Minha Série: O Submarino (Yakamoz S-245)

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